quarta-feira, junho 29, 2016

PF não descarta nova operação


WILSON MARANHÃO Da equipe de Cotidiano


Jedson Nobre


Giovanni: análise de mídias e aparelhos é fundamental

A Polícia Federal em Pernambuco (PF) não descarta novos mandados de prisão e deflagrações que podem desencadear uma nova fase da Operação Turbulência. A possibilidade foi divulgada ontem, após agentes federais receberem da Polícia Civil os materiais encontrados com Paulo César de Barros Morato no quarto do motel Tititi, onde o empresário foi encontrado morto, em Olinda. 


Objetos como pen drives, celulares e anotações serão periciados para a identificação de novas provas à investigação. “O que interessa a nós são as análises de mídia e dos aparelhos telefônicos, além das anotações. Essas apurações serão importantes para saber se há novos indícios, como a existência de outros participantes na quadrilha, repasses bancários ou até mesmo alguma pista da morte do empresário”, destacou o chefe de Comunicação Social da PF, Giovani Santoro.

Segundo ele, caso sejam constatadas novas provas, novos mandados de prisão poderão surgir, além de haver a possibilidade dos quatro empresários presos na deflagração da operação na última semana (João Carlos Lyra Pessoa de Melo, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal) serem, novamente, intimados a prestarem depoimentos para a PF. “Não descartamos está possibilidade. Todos (empresários) estão presos e podem ser novamente intimados a comparecer na PF”, destacou Santoro.,

Mesmo após terem passado seis dias da descoberta do corpo de Morato - tempo em que os objetos ficaram na posse da Polícia Civil - os federais acreditam que isso não atrapalhará as análises. “Os pen drives e celulares também foram periciados pela Civil para apurar pistas que cheguem à motivação da morte dele. Isso não vai atrapalhar nosso trabalho“, complementou Giovani Santoro, acrescentando que investigadores aguardam a liberação do veículo Jeep Renegade, encontrado no motel, que ainda está de posse da Polícia Civil. 

Outros materiais como relógios, óculos e produtos de higiene pessoal serão devolvidos para a família do empresário. O prazo inicial para conclusão das perícias da PF é de até 30 dias.

Exames
O corpo do ex-investigado da Operação Turbulência ainda passa por perícias no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife, em Santo Amaro. Fontes ligadas ao órgão informaram à Folha de Pernambuco que restam apenas à conclusão dos laudos toxicológicos e histopatológicos. Este último se dá pela coleta de fragmentos do tecido biológico para constatar se a causa da morte foi por infarto. 

Sobre o pedido de federalização das investigações feito pelo deputado estadual Edilson Silva (PSOL), Giovani Santoro afirmou que a decisão é tomada em Brasília, pela Procuradoria Geral da República (PGR). “Se for comprovada morte natural, não há como se pedir federalização. Se a Polícia Civil comprovar que foi queima de arquivo, aí sim, o caso pode passar para a PF”, esclareceu.


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